por Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
Ao
mesmo tempo em que comemoramos o centenário das aparições de Nossa Senhora de
Fátima, o horizonte se obscurece em razão das muitas crises em curso, as quais
não apenas ocupam o noticiário, mas interferem cada vez mais em nossas próprias
vidas.
Logo de início, as guerras parecem não ter fim e o terrorismo internacional é
uma ameaça difícil de ser debelada. Um problema bem mais antigo é o da
crescente criminalidade, não mais restrita a países como o Brasil, mas já se
alastrando até para países desenvolvidos. Noutra linha encontramos as
advertências sobre o aquecimento global e outras matérias relacionadas com a
degradação do meio ambiente.
Muito mais grave é
a crise moral. Esta assume diferentes características, mas
no fundo é sempre a mesma. Vemo-la refletida, por exemplo, no comportamento de
uma juventude sem valores, sem freios e sem ideais; no domínio de modas
extravagantes e sem pudor; na avalanche publicitária de pornografia e de
violência; na corrupção que parece tomar conta da vida pública; enfim, na
adoração do pior dos ídolos modernos: o próprio indivíduo, egoísta, relativista
e vaidoso.
Na atualidade, nem mesmo a inocência da infância é respeitada, e a família
cristã, base de nossa civilização, parece destinada a desaparecer, ou a ficar
reduzida a uma expressão tão diminuta que equivale à extinção…
A simples enumeração dos males de hoje ainda iria longe, mas o elenco acima é
suficiente para configurar a gravidade do momento presente. E tudo parece
perdido, caso seja considerado sob um prisma meramente humano, mas não se for
olhado com os olhos da fé…
Entretanto, nós que temos fé, acreditamos que tudo pode ser salvo, caso a
humanidade se volte arrependida para Deus e para Nossa Senhora. Foi justamente
isso o que pediu Santíssima Virgem, quando apareceu em Fátima há exatos cem
anos. Maria não se dirigiu apenas à geração do início do século XX, mas,
sobretudo às que viriam depois.
No meio das apreensões e tragédias deste terceiro milênio, as palavras
proféticas da Mãe de Deus tornaram-se mais claras, evidentes e reais. Parecem
ditas para os nossos dias, para cada um de nós e para ti também leitor…
Em todas as aparições de Fátima, Maria insistiu maternalmente no mesmo pedido:
“Rezem o terço todos os dias para alcançar a paz para o mundo e o fim da
guerra”. A Virgem Maria indica assim à humanidade o meio para se alcançar no
mundo uma verdadeira aurora de esperança. Pois é nessa oração que encontraremos
a PAZ.
E o que nós mais necessitamos nos dias de hoje, senão PAZ em todos os lugares
em que vivemos? Eis aí a solução para as desavenças, inquietações e inimizades
que tanto nos perturbam: a recitação devota do ROSÁRIO!
(Boletim Informativo maio/junho 2017 – Apostolado do Oratório- Arautos do
Evangelho)
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